quinta-feira, 19 de maio de 2011

OS MÉRITO



Antes que critiquem-me, deixem adiantar que a forma do título está respaldada pelo MEC e se insistirem em corrigir para “Os Méritos” prometo usar a Lei Maria da Penha, a Lei Afonso Arinos e o capitão Bolsonaro para protegerem-me de preconceito lingüístico. Além do mais, sempre acreditei que Mérito é sempre singular, assim como Ética. Daí, a propalada vontade da Dilma em criar meritocracias no serviço público perece-me tão fora de propósito quanto dizer que ela elegeu-se por mérito próprio.


O único mérito da presidenta no episódio foi, por parecer-se fisicamente com a Marisa Lula da Silva ou freudianamente com dona Lidu, ter caído nas graças do ex-presidente. Não que seja desprovida de méritos como executiva, mas isto não bastaria para terraplanar serras e reinar olimpicamente no planalto.


A Mérida (acuda-me Bolsonaro!) é que qualquer terceiro escalão do governo usa o pretexto para justificar escolhas desastrosas. Há pouco foi preso em Maceió um meritório candidato ao trono da fiscalização que teria recusado o convite para substituir outro laureado que saiu da RFB, diz-se, com luvas de R$ 7 milhões. O currículo do rapaz era de fazer inveja a qualquer acadêmico, com mestrado na Espanha (por conta da repartição) cátedra em Escola de Magistratura etc. Mas inveja mesmo causava o patrimônio _ R$ 12 milhões em nome próprio, e outros trocados em nome da mulher, da sogra, da amante e quiçá de quantos laranjas de quem nunca ouviremos falar.Há outros causos ainda frescos na memória de cobras e lagartos e outros anfíbios que usavam a terra seca de DAS como base para a atuação no lodaçal das assessorias de planejamento tributário, um deles é o segundo maior proprietário de imóveis em Brasília.


Mas não é só o conflito Mérito versus ética que depõe contra as tais meritocracias. O grande problema mesmo e o QDQM _ o Quem Decide o Que é Mérito que, ao final das contas, é igualzinho, ou tem o mesmo efeito, do QI de Quem Indica. Os burocrata (valei-me capitão) de RH tendem a confundir academicismo com competência, o que faz lembrar um auto proclamado campeão da Ética: Rui Barbosa ganhou o apelido de Águia de Háia por responder na língua do interlocutor perguntas sobre o Brazil, na época com Z, em uma conferência internacional; pois bem, conduzido por toda esta capacidade ao Ministério da Fazenda, fez tanta “Mérida” que arruinou o país quase até nossos dias.


Ah, e antes que eu esqueça, não esqueçam o FHC.



LISTA TRÍPLICE PARA SRF JÁ

2 comentários:

  1. HILARIANTE!!! ADOREI... ESTAVA SENTINDO MUITA FALTA DESSES SEUS COMENTÁRIOS...
    UM GRANDE E AFETUOSO ABRAÇO,
    ZAZÁ

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  2. Frise-se que as Luvas eram Louis Vuitton, ke-ri-di-nhu! Sou um Grande Contribuinte dessa marca.

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