quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Agradecimento



Caro colega Auditor-Fiscal: 

Agradecemos a todos que votaram na Chapa 2 – Transparência e Ação, especialmente aos que nos apoiaram nestas eleições. 

Parabenizamos nossa categoria pelo elevada receptividade em todos os locais em que estivemos e pelo bom nível das discussões em todo o Brasil. 

Já nos sentimos vitoriosos por esta campanha e temos a certeza de que o Sindicato foi engrandecido. 

Nosso muito obrigado e um abraço a todos,

Marcelo Lettieri e demais componentes da Chapa 2. 


 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O caminho faz-se ao andar...


Caros colegas, 
 
ao chegar na reta final, agradecemos com alegria a sua 
acolhida e compreensão nos contatos com os integrantes da 
Chapa 2 – TRANSPARÊNCIA E AÇÃO.
 
O importante para nós foi debater ideias e propostas para a 
nossa categoria e a instituição,oferecendo-lhes uma 
alternativa para a Direção Nacional.
 
Nosso compromisso principal é defender a dignidade fiscal.
 
Convidamos a todos para juntos construirmos um Sindicato 
participativo, democrático e eficaz na defesa do exercício 
pleno e digno de nossas atribuições.
 
Ao fazer uma campanha pautada em propostas e valores, 
deixamos como marca indelével desta nova força política do 
Sindifisco Nacional: o respeito. 
 
Nos unimos em prol de um objetivo comum: construir um 
novo Sindicato dos Auditores-Fiscais, que valorize a história 
daqueles que lutaram no ex-Unafisco e na ex-Fenafisp, mas 
que também tenha a capacidade de olhar para frente
e repensar o Estado e o sindicalismo no setor público.
 
Em nossa caminhada, mais que falar, ouvimos. Entendemos 
que o simples fato de permitir o envolvimento da 
categoria,  já é uma vitória.  Ao longo desta campanha 
conseguimos trazer os colegas de volta para as discussões 
das quais eles não mais se sentiam partícipes. E, 
independentemente do resultado, chegamos ao final dessa 
campanha já vitoriosos.

Desde já, agradecemos a todos que participaram de nossa 
campanha e àqueles que declararam o seu apoio, pela 
confiança que depositaram nessa nova força que já nasce 
madura na experiência de seus componentes.

 Nestes últimos momentos de campanha, pedimos a todos 
que  não deixem de votar e lembrem os colegas da votação 
nos dias 09 e 10/11.
Obrigado!!!


 

sábado, 5 de novembro de 2011

Melhores momentos - 3º Debate - RJ

Venderam uma falsa dicotomia sobre a questão da campanha salarial: ou se negocia ou vamos para ruptura. 
Negociação implica em apresentarmos uma proposta e o governo uma contraposta. Não podemos aceitar a enrolação. Após fechada a fase de negociação e não havendo sucesso nela, aí sim devemos discutir com a categoria se há condições para partimos ou não para a ruptura.


Há uma proposta construída por um grupo de colegas para exterminar o lixo normativo, inclusive o Regimento Interno. 
Há uma minuta de decreto que extingue o MPF que não anda.
 Porque não pressionar para que tais propostas avancem? 


Precisamos de transparência na questão dos 28,86%
O que está acontecendo no jurídico quanto à referida ação? Quantos colegas já perderam a ação? Por quê? Quanto já pagamos ao patrono da ação? Quanto ainda temos a pagar? 


Não podemos confundir interesses particulares com interesses da categoria. A gestão do plano é profissional  desde o início. 
O plano soft foi vendido como a solução  e apenas 22 pessoas ingressaram no dito plano. Cadê o profissionalismo? A pesquisa prévia de opinião? Havia uma demanda pelo plano? Onde ela está? 




sexta-feira, 4 de novembro de 2011

CONTANDO NOSSA HISTÓRIA


por Maria Izabel Augusta Figueiredo Mota de Almeida
1ª Presidente do SINDIFISCO NACIONAL & Criadora do Plano de Saúde

Algumas mitologias simbolizam o esquecimento como um rio.
Onde as coisas se afundam, desaparecem da vista.
Quem está na margem só vê a superfície e é muitas vezes enganado.
Contar histórias é vivificador frente aos perigos do esquecimento.
Para que não desapareça o que importa, para que interesseiros não se apropriem do passado, para que lições não sejam esquecidas, para se compreender que a terra foi inventada apenas uma vez e que tudo que acontece está fundado no que passou.

1989. Acabou o Sindicato Provisório, que nem registro obteve.
Fui eleita a 1ª presidente do Sindifisco Nacional e fazia parte da nossa plataforma um Plano de Saúde exclusivo.
Engraçado é que num dos debates que precederam a eleição, o outro candidato, então presidente da Unafisco Associação, ironizou sobre essa proposta chamando-a de fantasiosa e dizendo que nosso salário era suficiente para pagar qualquer plano de saúde do mercado.
Quanto à mensalidade, sua afirmativa era verdadeira. Entretanto, o diferencial que buscávamos era um Plano de Saúde com atendimento personalizado, de auditores para auditores, cujo controle estivesse em nossas mãos.
Primeiramente, pensamos em uma parceria com a ASSEFAZ. Que usaria sua expertise para criar um Plano só para AFTN.
Bastou uma reunião com a ASSEFAZ, onde estávamos Bento Afonso, diretor de comunicação e eu, para concluirmos que não seria bom para nós.
Saindo da reunião, ainda no elevador da ASSEFAZ, eu disse ao Bento: ”Vamos fazer nosso próprio plano”. A diretoria apoiou inteiramente.
Fomos a São Paulo, pesquisamos várias empresas e contratamos a CRC que montou toda a parte operacional do Plano.
Mas sempre com a supervisão constante da diretoria. A empresa CRC era uma prestadora de serviços, mas não dirigia o Plano.
Nunca deixaríamos o plano nas mãos de funcionários externos, como acontece hoje.
Com o empenho de muitos, entre eles destaco o esplêndido trabalho do Bento e do grupo do Rio de Janeiro, à frente o Perissé, construímos esse patrimônio que hoje querem entregar às leis do mercado.
Credenciamos médicos, hospitais de ponta, o atendimento era superior ao dos planos do Mercado.
Enquanto lá estivemos, nunca houve problemas financeiros. Pois nossa supervisão era atenta, constante, responsável. A CRC só recebia pelos serviços efetivamente prestados, e depois de uma muito cuidadosa análise dos seus relatórios.
Assim foi a criação do Plano.
História não se muda, embora tediosas e entediantes pessoas o tentem, com muita constância.
Não me surpreenderei se o fizerem novamente.
Só peço que, com a nova história, mandem junto uma referência bibliográfica consistente, formulários para serem preenchidos, canetinhas personalizadas, cartões brilhantes do Plano Soft e pins que permitam a entrada livre em hospitais, consultórios médicos e circos.
Essas providências trarão muita credibilidade aos (des) historiadores.
Ah! E não se esqueçam das amostras grátis!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Unafisco "SLIM"


O marketing é uma arte. Ele pode tirar seu produto do anonimato ou eliminar com qualquer chance de sucesso.
Fora Steve Jobs, um gênio que criava produtos que os consumidores ainda não sabiam que queriam, os demais mortais, ao lançar suas inovações pesquisam sobre as necessidades e exigências do público alvo. Esta pesquisa prévia reduz a possibilidade de um retumbante fracasso.
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Gostaria de ver como foi feita a pesquisa de mercado que antecedeu o lançamento do novo plano de saúde: o Unafisco Soft. Havia uma demanda reprimida ou o plano foi fruto da mente de visionários que acreditavam estar criando algo que os colegas ainda não sabiam que queriam?
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Fizeram um plano mais barato que o original cortando extamente os benefícios que o diferenciava dos demais. Mal comparando, é como se tivéssemos no mercado uma  “Ferrari” com motor 1.0, rodas de ferro com perfil mais fino, bancos em courino, vidros, câmbio e direção manuais.

Melhor comprar um popular legítimo ou o “depenado”?
.
A baixa adesão parece responder ao meu questionamento: temos tão somente 22 pessoas, entre titulares e dependentes, no dito cujo, segundo vimos no terceiro debate entre os candidatos a presidência da DEN.
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Com tão pouca gente aderindo o plano, ele ficou tão magrinho que acredito que devamos mudar o seu nome para Unafisco Zero, Light ou Diet


 



quarta-feira, 2 de novembro de 2011

COMPAREI E DECIDI: VOU VOTAR EM MIM


As campanhas eleitorais são cheias de folclore político. 
 
Na campanha presidencial de 98, Brizola levou o Lula para 

visitar o túmulo de Getúlio Vargas. O  vice de Lula à 

época começou a conversar sozinho em voz alta como se 

falasse com Getúlio,  apresentando o então candidato 

presidencial. Lula sem entender nada, acompanhou a cena 

perplexo e em silêncio. Foi então que Brizola interrompeu 

sua fala, perguntando se Lula gostaria de falar algo. O 

candidato fez um aceno negativo e preferiu seguir calado. 

Até hoje Lula conta esta história e ri muito: “Já haviam me 

contado que o Brizola falava sozinho acreditando conversar 

com o Getúlio e eu achei que era intriga. Se eu não tivesse 

saído, o 'papo' tinha continuado.”

Há um vice-presidente da direção nacional que está deste

jeitim mes, conversando sozinho. Para espanto da oposição, 

ele publicou um manifesto dando o maior apoio a sí mesmo. 

Ficamos todos estupefatos, pela tautologia e pelo inusitado

de um experimentado sindicalista, há décadas ocupando

cargos, apoiar as chapas de  que faz parte. Registramos, para

que não utilizem o silêncio, que todos os integrantes da

Chapa 2 - Transparência e Ação apóiam a Chapa 2 -


Transparência e Ação!!!
 

domingo, 30 de outubro de 2011

“Occupy Wall Street” – Brasileiros, Ocupem o Governo!



por Maria Regina Duarte
Em matéria recentemente publicada pela Revista Época, tomou-se conhecimento de que ocorreu uma reunião entre servidores da Receita Federal do Brasil e o ex-Auditor-Fiscal da mesma Receita, a do Brasil, para tratar de assuntos de alteração de legislação. A participação desse ex-Auditor, que agora defende os interesses dos clientes que representa em renomado escritório de advocacia causou estranheza entre os demais servidores da Receita. O ex-Auditor e atual consultor é pessoa bem conhecida nos bastidores do poder da Receita, já que ocupou, em período bem recente, o cargo de Subsecretário de Fiscalização do órgão, tendo sido responsável pelo planejamento e coordenação das fiscalizações dos contribuintes. Agora está defendendo, na área tributária, alguns desses contribuintes, os de maior poder econômico, financeiro, com maior influência, enfim, aqueles que podem pagar por seus competentes serviços e que estavam sofrendo autuações milionárias sobre a tributação do lucro das subsidiárias de empresas brasileiras no exterior. Mesmo no judiciário, as empresas têm acumulado derrotas e, portanto, nada mais “natural” do que discutir, dentro da própria Receita Federal, a alteração dessas normas para que essas empresas paguem menos tributos. Tudo revestido da maior legalidade e transparência, afinal, a reunião foi autorizada pelo próprio Secretário da Receita Federal do Brasil que nomeou, por portaria, os servidores que participariam da citada reunião.
Esse movimento trata-se, simplesmente, de tentar fazer com que determinados contribuintes paguem menos tributo, não interessando, por óbvio, sobre quem vai recair a conta desse não pagamento. Se sobre os ombros dos assalariados, aposentados, pensionistas, prestadores de serviços, ou sobre quem precisa dos serviços de saúde, educação e segurança do Estado.
 Nunca é demasiado lembrar que se perguntarem às pessoas se elas querem pagar mais tributos, obviamente que responderão que não. Mas se perguntarem se quem deve pagar mais tributos são as pessoas que possuem as rendas mais abastadas, as propriedades maiores, as grandes fortunas ou o capital especulativo, certamente responderão que sim. Ainda mais que é a grande maioria da população que precisa desses serviços, que são providos pela arrecadação dos tributos.
Estamos muito mal acostumados, após o colapso dos Estados comunistas e a perda dos sonhos utópicos, com a cultura do “Não Pode”, como escreve o filósofo esloveno Slavoj Zizek no prefácio à edição brasileira do seu livro “Primeiro como tragédia, depois como farsa”. “Não pode” participar de grandes atos coletivos, pois eles acabam em terror totalitário. “Não pode” defender o Estado do Bem Estar Social, porque você estará defendendo quem não quer trabalhar. “Não pode” isolar-se do mercado global, ou seja, defender a produção nacional contra o comércio internacional predatório, porque vocês estarão defendendo a ineficiência das empresas nacionais. E assim por diante.
O movimento de ocupação de Wall Street, que está repercutindo no mundo inteiro, assim como os protestos e movimentos na Espanha, Grécia, Portugal, Itália, etc., poderiam repercutir aqui no Brasil também. Se, como dizem alguns especialistas, no Brasil não haveria motivos semelhantes para fazer coro aos manifestantes de Wall Street e aos demais, do que discordo, pelo menos esses movimentos deveriam inspirar as pessoas a se engajarem num movimento de indignação.
A maioria da população não tem um consultor renomado para defender seus interesses junto às instâncias governamentais. Antes de dizermos que o Congresso Nacional, especialmente a Câmara dos Deputados, faz esse papel, devemos lembrar que lá também existem influências muito grandes dos financeiramente poderosos.
Se a ocupação não pode ser por portaria, pelo menos que seja como em Wall Street, pedindo, da mesma forma: Hei, olhem para nós.

Originalmente publicado em: Falando em Justiça Fiscal

sábado, 29 de outubro de 2011

2º DEBATE - São Paulo

Vídeo integral do Debate entre Marcelo Lettieri  (Transparência e Ação - Chapa 2) e o candidato da situação  realizado em São Paulo 



Educação Fiscal: Cidadania, Controle Social e Justiça Fiscal

Prezados(as),
 
Convidamos a todos para o debate cujo tema será “Educação Fiscal: Cidadania, Controle Social e Justiça Fiscal” a realizar-se no bojo das atividades da 57ª Feira do Livro de Porto Alegre.

Serão debatedores Dão Real Pereira do Santos, Presidente do Instituto Justiça Fiscal e Marciano Buffon, Professor de Direito Tributário na Unisinos e autor do livro Tributação e Dignidade Humana – entre os direitos e deveres fundamentais. 

O debate será dividido em duas edições:
 
DATAS: dias 01 e 08 de novembro de 2011

terça-feira, 25 de outubro de 2011

PL 1992/07 Rejeição já!




Como é do conhecimento de todos, tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei n. 1992, de 2007 (agora em regime de urgência), que trata da instituição do Fundo de Previdência Complementar para os futuros servidores públicos da União, limitando o valor dos proventos de aposentadoria e pensões pagos aos futuros servidores públicos da União ao teto do INSS. Aduz o Governo que a proposta visa reduzir o aporte de recursos públicos aplicados à Previdência desses servidores.
Uma análise criteriosa dessa proposta aponta para um caminho inverso, quer seja pela redução de receitas (11% do que exceder o teto do INSS), quer pela expansão das despesas (o patrocinador – Estado aportará 7,5% da parcela dos salários dos servidores que exceder o teto do INSS, bem como fará um aporte inicial de 50 milhões de reais a título de contribuições futuras). Neste sentido, impõe-se registrar que o déficit público em expansão provocará a necessidade de venda, com juros extorsivos, de mais títulos públicos para fazer retornar ao caixa da União um montante de recursos que estava em seu poder a custo zero.
É interessante destacar que no Informe de Previdência Social (volume 13, n. 12, de dezembro de 2001), informativo oficial do Ministério da Previdência Social, tomava-se por referência o caso da privatização da previdência da Argentina, e, embora ali já apontando as deficiências da mudança do sistema de repartição para o de capitalização (com exatamente as conseqüências mencionadas no parágrafo anterior), ainda assim, o atual Governo brasileiro teimou em patrocinar a instituição do Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos da União mediante PL n. 1992/07 – não esqueçamos: em 2009, com situação ainda mais agravada pela falência dos grandes bancos americanos, a Argentina decidiu REESTATIZAR a previdência de seus servidores, como meio de assegurar ao cofre público o mínimo de condições de garantir a aposentadoria e pensão daqueles.
Outra grande questão não discutida no bojo desse projeto diz respeito à ausência de cobertura de risco, bem como à falta de garantias para o servidor quando do momento de sua aposentadoria, vale dizer, quando do recebimento do benefício no futuro, isto porque o Projeto de Lei N. 1992/07, propõe a criação do fundo de pensão sob o regime de contribuição definida, onde o servidor público saberá apenas o quanto vai pagar, mas não o quanto irá receber quando se aposentar, pois este valor dependerá do comportamento do mercado financeiro.
Salienta-se, além das questões referenciadas anteriormente, que na eventualidade da instituição desse Fundo Complementar, quando o auditor-fiscal participar do mesmo serão considerados acionistas das empresas componentes desse Fundo, portanto, restando um conflito inconciliável, uma vez que aquele estará impedido de fiscalizar as empresas do Fundo, surgindo, pois, a pergunta: quem fiscalizará essas empresas?
Em destaque, podemos relacionar os motivos pelos quais a CHAPA 2 é totalmente contra a aprovação do PL N. 1997/07, inclusive não sendo de nosso interesse patrocinar qualquer esforço no sentido de sua correção:
  1. Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos aumenta o déficit público e transfere recursos do Estado para os mercados financeiros e de capitais;
  2. A experiência da privatização da Previdência Estatal Argentina se traduziu em aumento do déficit público, moratória e sua posterior reestatização;
  3. O Projeto de Lei n. 1992/2007 fragiliza os vínculos do Estado com os seus servidores públicos e quebra o pacto de solidariedade entre servidores públicos ativos e aposentados;
  4. O Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Público da União põe em risco a observância do princípio constitucional da impessoalidade no exercício da função pública;
  5. Os servidores públicos submetidos a esse regime vão arcar com os riscos do mercado financeiro para receber a aposentadoria complementar, e podem ficar a ver navios, como aconteceu com os
    servidores públicos do Chile, vários trabalhadores americanos que apostaram nos mercados de ações e de subprime para aplicar suas reservas previdenciárias, dentre outros;
  6. A instituição de fundo de previdência complementar destrói os vínculos entre gerações de servidores públicos, fragiliza as lutas pela paridade e integralidade das aposentadorias concedidas
    sob as regras do regime atual de repartição, exacerba o individualismo e a competição no serviço público e abre caminho para a remuneração por resultados;
  7. O PL nº 1992/07 beneficia somente os interesses do mercado financeiro, descuidando-se dos preceitos previdenciários, uma vez que as questões essenciais estão voltadas para a administração do fundo criado.

Colegas, já passa da hora de cerrarmos fileira para enfrentar essa luta, o primeiro passo é exigir da DEN do Sindifisco o cumprimento da deliberação democrática da categoria em Assembléia Nacional: lutar no Congresso Nacional pela rejeição do PL nº 1992/07.
O cenário mundial não nos permite tergiversar, a crise gerada pela aplicação do receituário neoliberal não terá solução nos marcos desse modelo. Portanto, temos o dever e a obrigação de resistir tenazmente ao aprofundamento do modelo neoliberal no serviço público, via PL nº 1992/07.

 CAUBI CASTELO BRANCO
Candidato a Secretário-Geral da DS/Ceará pela 
Chapa 2 - Para Seguir Avançando


domingo, 23 de outubro de 2011

Sou candidato porque quero tranparência e ação...

Prezados colegas Auditores-Fiscais
Estou na Receita Federal desde 1995, há 16 anos, portanto, e durante todo este tempo sempre estive trabalhando na área aduaneira, exceto por um curto período entre novembro de 2008 e agosto de 2009, em que estive superintendente da 10ª RF. Estou lotado na Inspetoria da Receita Federal em Porto Alegre e trabalho na Seção de Fiscalização Aduaneira. Sou candidato, juntamente com a colega Jussara Mendes da Silva Santos, à Diretoria de Estudos Técnicos do Sindifisco Nacional, pela Chapa 2, denominada “Transparência e Ação”.
Durante toda minha vida funcional, sempre estive, de alguma forma, ligado às atividades sindicais, seja como integrante da diretoria da DS Porto Alegre, seja contribuindo para as atividades em defesa da nossa categoria em nível nacional, pois entendo que ser Auditor-Fiscal significa bem mais do que o exercício cotidiano das nossas atribuições legais. Significa, além disso, a disposição constante para defesa da instituição RFB e as lutas pela valorização da categoria a qual pertencemos. Entendo que os Auditores-Fiscais, podem e devem ocupar todos os espaços que lhe são próprios, no sindicato, na administração e na sociedade.
O processo eleitoral que ocorre a cada dois anos constitui um momento democrático muito rico para o debate e para a reflexão sobre a importância do papel do sindicato na valorização da categoria e na construção de uma Receita Federal voltada para o atendimento do interesse público. Além disso, a própria campanha eleitoral, financiada por toda a categoria, é uma oportunidade valiosa para se estabelecer as principais diretrizes que deverão nortear os trabalhos sindicais nos próximos anos.     
Nos dias 9 e 10 de novembro a categoria dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil escolherá uma nova diretoria para o sindicato.
O candidato a presidente da DEN, pela Chapa 2, Transparência e Ação,  é o colega Marcelo Siqueira Lettieri. Tenho absoluta certeza de que o Lettieri é o melhor candidato para dirigir o Sindifisco Nacional e para representar nossa categoria na próxima gestão. Sua liderança, coerência e capacidade de agregação, somado ao seu vasto conhecimento acumulado tanto por sua formação acadêmica como por sua experiência, o credenciam como uma das pessoas mais preparadas da Receita Federal do Brasil.
A nossa chapa se apresenta com o nome que define sua proposta de trabalho e que representa o que a categoria dos Auditores-Fiscais tem identificado como maiores carências da atual gestão sindical: Transparência e Ação.
Queremos implementar a transparência como instrumento de participação. Transparência não apenas no que se refere à organização financeira do sindicato e das suas atividades administrativas, mas também em relação às diretrizes políticas, às ações implementadas e suas motivações, aos termos de negociações, etc.
De outro, queremos resgatar a capacidade da nossa categoria de pautar os grandes temas nacionais que tenham relação com a nossa atividade funcional, como a busca por um sistema tributário mais justo, a luta por uma previdência pública como instrumento de proteção social e a necessidade de fortalecimento da aduana como forma de proteção da economia e da organização social do País.
Queremos também resgatar para a categoria dos Auditores-Fiscais a condição de referência do serviço público. O sindicato precisa agir de forma proativa na busca permanente de valorização dos Auditores e reagir de forma pronta, oportuna e enérgica na defesa da categoria, de suas atribuições e de sua reputação, sempre que a mesma seja atacada.
Enfim, conclamo aos colegas Auditores-Fiscais para que aproveitem este momento de campanha eleitoral para analisar e debater com seus pares sobre os rumos do Sindifisco Nacional, sobre o futuro da nossa categoria e da própria instituição Receita Federal e sobre o nosso papel na sociedade. Conheçam profundamente as chapas que se apresentam, discutam suas propostas e decidam qual delas será digna de contar com seu apoio.
Dão Real Pereira dos Santos
Candidato a Diretor de Estudos Técnicos do Sindifisco Nacional pela Chapa 2 - Transparência e Ação

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O Gerencialismo e a Captura dos Órgãos de Estado


A palavra captura tem sido bastante usada por intelectuais, estudantes, trabalhadores, lideranças sindicais e políticos para referir-se ao seqüestro das instituições dos Estados democráticos pelo poder econômico, representado por corporações multinacionais que operam no mercado financeiro e de capitais, para colocá-las a serviço dos seus interesses. Em consulta ao dicionário observa-se que a palavra captura – em seu sentido estrito – significa ação ou efeito de capturar e, também, desvio natural das águas de um rio para o leito de outro, relativo à captura fluvial.
A crise mundial, ora em curso, tem demonstrado que o modelo neoliberal, ao operar no sentido de subverter a ação dos órgãos públicos, visando atender as demandas do poder econômico, adota uma política de desvio da função do Estado, correspondente ao significado de captura fluvial, tomado em seu sentido figurado, o que coloca em sério risco a democracia.
Um dos recursos utilizados para esse fim, é a adoção, no serviço público, de modelos gerenciais desenvolvidos para empresas privadas.
A RFB tem avançado na implantação desses modelos; a partir de relatos de alguns Auditores-fiscais que têm estudado o assunto, o referido projeto traz uma metodologia semelhante ao sistema TAO (Talentos e Oportunidades), implantado na década de 1990 no Banco do Brasil e lastreado num algoritmo de planejamento gerencial, denominado Balanced Scorecard (BSC), que pode ter impactos diretos na remuneração por subsídio e na paridade entre os servidores ativos e aposentados.
Segundo os criadores do BSC, Robert Kaplan e David Norton, “a ligação final entre a estratégia de alto nível e as ações do dia-a-dia ocorre quando as empresas relacionam os programas de recompensas individuais ao Balanced Scorecard”; essa ligação se daria, primeiramente, por chamar a atenção dos trabalhadores para as prioridades estratégicas da organização e, em segundo lugar, fornecer a motivação extrínseca de premiação aos empregados quando a organização alcançar os seus objetivos.
Pensando especificamente no caso dos AFRFB, o estabelecimento descuidado e tendencioso de “índices de desempenho” ora em curso, associado com a exigência constitucional de estrito cumprimento da lei, pode vir a criar riscos e tensões insuportáveis no seio da categoria.
Se o AFRFB não cumprir os indicadores, consubstanciados em tempos reduzidos para lançar ou decidir sobre liberações, restituições, ressarcimentos, compensações, pode sofrer represálias por insuficiência de desempenho. Se sucumbir ao modelo, e fizer o trabalho sem a devida cautela para cumprir as metas, pode vir a sofrer as conseqüências disciplinares, decorrentes de iniciativas internas ou externas, por não ter cumprido a lei.
Muitos dirão que o assunto não é urgente nem relevante, ou que é coisa dos “arautos do apocalipse”, ou mesmo que não nos atinge, em razão das “especificidades” do cargo.
Mas fica o alerta. O presente é o lugar onde acontecem as fundações que assentarão o futuro. A imprevidência corporativa e sindical pode custar caro. Portanto, é chegada a hora de cerrarmos fileira para:
1) lutar, em todas as frentes, pelo reconhecimento formal das atribuições, competências e prerrogativas dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil;
2) discutir o modelo administrativo e estratégico vigente na RFB (gerencialismo), bem como os seus instrumentos (BSC, Sidec), apontando as suas incoerências e inadequação ao atendimento do interesse público e pleiteando um modelo republicano e cidadão, que impeça a formação de feudos e a perenização de poderes nas mãos de poucos;
3) analisar criteriosamente e contestar as recentes e continuadas medidas que estão sendo implantadas na RFB, preparando terreno para a regulamentação do Sidec e para a introdução do fator mérito nas remunerações, que poderão viabilizar as demissões por insuficiência de desempenho; como, por exemplo: a portaria que aprovou as competências na RFB, os estudos de tempos orientados para o estabelecimento de indicadores de desempenho, as políticas de cobrança de produtividade e cumprimento de metas etc;
4) combater, sistematicamente, os atos normativos ilegais, que usurpam as atribuições e prerrogativas dos auditores;
5) investigar, denunciar e combater todas as formas de desvio de conduta que prejudiquem a imagem pública, os interesses e a dignidade do cargo, como o direcionamento de legislação para o favorecimento de grupos econômicos, assédio moral, tráfico de influência, corrupção.

 MARIA LIDUINA COELHO RIBEIRO
Candidata a Diretora de Estudos Técnicos e Políticas Sociais
da DS/Ceará pela Chapa 2 - Para Seguir Avançando

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Transações perigosas


 Existe um constante 'cabo de guerra' entre os contribuintes e o fisco. O Fisco que tem como missão buscar reduzir ao mínimo a diferença entre a arrecadação potencial e a obtida e o contribuinte que busca constantemente reduzir seus encargos tributários.
De um lado, temos a crescente necessidade de recursos financeiros por parte do Estado, responsável por manter sua própria estrutura e disponibilizar à sociedade os serviços de que essa necessita. E do outro, o sujeito passivo, que mesmo ciente da importância da manutenção da atividade estatal, naturalmente, não tem o desejo incontido de pagar tributos, e busca, constantemente, meios para reduzir a carga tributária que o atinge. 
Nesse cenário, o conflito é natural, seja materializado em discussões administrativas ou ações judiciais. O litígio é inerente ao processo de administração do crédito tributário. Com o crescente número de disputas abarrotando a já emperrada máquina judiciária, cresceu o interesse por meios alternativos de solução de controvérsias. E, dentre as formas de autocomposição, foi aventada faz poucos anos a regulamentação da transação, que é um ajuste direto entre as partes.
O instituto da transação é naturalmente associado ao direito privado, tendo em vista ser esse um acordo de vontades que envolve bens disponíveis.
A utilização do instituto para extinção de créditos tributários é muito criticada, sobretudo sob a alegação de ofensa a princípios como o da indisponibilidade do crédito tributário, legalidade e isonomia.
Por essa razão, a transação, em nosso País, foi muito pouco aplicada na seara tributária, havendo aqueles que entendam que tal nunca deveria ocorrer, por ser a transação incompatível com o Direito Tributário ou, numa visão ainda mais radical, por ser inconstitucional o artigo do CTN que trata do instituto.
O uso da transação é tão incipiente em nosso País que o tema é tratado muito superficialmente, ou praticamente não é abordado, nos tradicionais manuais de direito tributário.
Por entender ser o tema complexo e instigante, procurei estudá-lo a fundo e cheguei à conclusão que o chamado projeto da Lei Geral de Transação Tributária, apesar de assim se intitular, de transação tinha muito pouco. Visando incrementar a eficiência na recuperação do crédito este ofendia os princípios da legalidade, da indisponibilidade do interesse público, da isonomia e da livre concorrência.
Com as alterações que se pretendia introduzir no art. 171 do CTN havia uma clara tentativa de descaracterizar o instituto da transação. Pretendia-se criar um novo instituto no direito que seria uma 'transação tributária' em que apenas uma parte, Estado, cederia seu direito, sem contrapartida, e não para extinguir um litígio mas para compor um conflito, econômico por exemplo, como a dificuldade de o contribuinte adimplir suas obrigações tributárias, sem a necessidade de lei específica, ou seja, de forma discricionária. Seriam verdadeiros perdões tributários com a roupagem de transação.
Havia no projeto a previsão de que fossem criadas Câmaras Gerais de Transação e Conciliação que teriam o poder de conceder tais remissões, anistias e parcelamentos “disfarçados” de transações, sem a necessidade de que tais negociações passassem pelo crivo de nenhum outro órgão, e, pior, essas poderiam ser feitas em sessões sigilosas, sem previsão de que fosse dada publicidade nem mesmo às suas decisões.
Não foi por outro motivo que fique perplexo ao ler uma reportagem da Revista Época dando conta que foi criado um grupo para avaliar em conjunto com membros da iniciativa privada normas tributárias que estão no centro de uma disputa judicial, ou seja, sobre as quais a discussão já extrapolou a seara administrativa. O pitoresco fato de a reunião contar com a participação de um ex-subsecretário apenas temperou um pouco mais a questão.
Segundo alega a reportagem, para dar transparência às demandas do setor privado criou-se na Receita Federal um grupo de trabalho sobre o qual não há rastro no Diário Oficial. A minha maior preocupação é a de que se estaria na “marra” inaugurando a pratica desta nova “transação tributária”, cujo conflito, meramente econômico, seria solucionado através de uma reunião que, não vazasse para impressa, seria sigilosa.
As anistias e as remissões que foram concedidas por lei já têm um reflexo deletério para a administração tributária, ao desconstruir a imagem de rigidez e justiça fiscal. Imaginem a administração tributária, constantemente e de forma discricionária, conceder tais benefícios reinterpretando as normas conforme uma resultante de pressões sofridas por grandes contribuintes.
O papel correto de uma Administração Tributária eficaz é o de zelar pela arrecadação espontânea, combater a evasão fiscal e punir de forma exemplar o sonegador.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O que me motiva a participar ativamente do sindicato?


Caros colegas,
Estamos em plena campanha eleitoral para a escolha dos nossos representantes sindicais na Delegacia Sindical do Rio de Janeiro – DS\RJ e para a Diretoria Executiva Nacional – DEN do SINDIFISCO NACIONAL. Esse é um momento muito importante que transcende a escolha de dirigentes sindicais, é momento para refletirmos sobre o que esperamos de nosso sindicato e qual o rumo que tomará nossa carreira nos próximos anos.
Nunca perdendo a perspectiva que as Delegacias Sindicais – DS são, na estrutura atual do nosso sindicato, representação do Sindifisco Nacional nas diversas regiões do país, tendo como principal competência a resolução das demandas locais, e que o rumo de nossa atuação sindical nacional é dado pelas instâncias superiores, principalmente pela Direção Executiva Nacional – DEN, venho expor os motivos pelos quais faço parte da CHAPA 2 – TRANSPARÊNCIA E AÇÃO, tanto para DEN, no cargo de 1º Diretor Adjunto de Comunicação, quanto para a DS-RJ, no cargo de Diretor de Defesa Profissional.
Para quem não me conhece, sou egresso da previdência do concurso de 2001, desde então sempre trabalhei na fiscalização tendo passado pela GEX – São Paulo\Centro, DRP – Rio de Janeiro\Norte e atualmente estou trabalhando na divisão de fiscalização da DRF RJ I e sempre me deparo com a seguinte pergunta: Por que você quer participar ativamente do sindicato, inclusive se candidatando a cargo de direção?
Desde que ingressei na carreira convivo com problemas que me forçam a ter uma participação mais ativa. Durante todo este tempo temos lutado contra o problema do fosso salarial, problema este que nunca teve uma solução definitiva, bastando observar os erros nas reclassificações dos colegas pós-2001 e o distanciamento entre o salário inicial e o final na nossa tabela remuneratória, o que vai criar insatisfação pela disparidade salarial para os que ingressarem na nossa carreira, novo fosso.
Mas vejo problemas ainda mais graves que estão por vir e que precisamos enfrentar de forma mais contundente e menos passiva que a forma como a DEN vem enfrentando. Aos poucos vemos o esvaziamento das nossas atribuições, o que impacta diretamente no poder de negociação em futuras campanhas salariais, e o fantasma da criação do fundo de previdência complementar dos servidores públicos, que afeta principalmente aqueles que ainda não se aposentaram.
Eu que tenho 35 anos de idade e 15 anos de serviço público estou na difícil situação em que terei que escolher entre a permanência no regime atual de aposentadoria, com proventos integrais, correndo o risco de quebra de paridade, visto que no futuro, quando nos aposentarmos, seremos poucos nessa situação e não teremos força para proteger o nosso direito, ou se submeter ao novo regime previdenciário, correndo o risco de dependermos da viabilidade de um fundo de pensão administrado por alguém indicado politicamente e cujo modelo não deu certo em diversos países do mundo.
Esses e outros problemas me fazem questionar o que será de nossa carreira e como será a nossa aposentadoria daqui a 20, 25 anos, prazo em que, pelas regras atuais, terei os requisitos para me aposentar e encontraremos a carreira dividida entre pessoas que irão se interessar pela luta para a manutenção da paridade, por estarem no regime anterior de previdência, e pessoas nem tão interessadas assim, pois estarão no regime geral da previdência.
Por esses motivos e pela certeza de que precisamos ser mais ativos na defesa de nossas atribuições e direitos, inclusive de uma aposentadoria digna no futuro, venho expor alguns dos motivos pelos quais me levam a participar mais ativamente do nosso sindicato e venho pedir o voto para a CHAPA 2, tanto para a DEN quanto para a DS-RJ.
Estou à disposição para tirar dúvidas e receber sugestões ou mesmo críticas.
Um forte abraço
 Luciano de Moraes Rebouças
Chapa 2 – Transparência e ação