terça-feira, 28 de junho de 2011

Até que os cordeiros se tornem leões....

Como os antigos já estão carecas de saber, nunca se deve introduzir um sapo num recipiente com água fervente, este se assustará e saltará para fora do dito recipiente, a fim de não se queimar.

A forma correta de fazê-lo é introduzir, o batráquio, gentilmente no recipiente com água à temperatura ambiente e ir aumentando a temperatura da água gradualmente até que esta atinja os 100ºC. O referido anfíbio acabará por ser cozido sem sair do recipiente.

Da mesma forma estamos sendo ceifados dos nossos direitos: lenta e gradualmente. Temos hoje uma geração de Auditores-Fiscais que labutaram sob a égide de Regimentos Internos em que o seu cargo nunca foi sequer citado e que, apesar de serem legalmente a autoridade administrativa e fiscal do órgão, não sabem o que é emitir um despacho sem um “de acordo” e efetuar um lançamento sem um MPF.

O projeto de regulamentação do regime de previdência complementar que visa concretizar a perda dos direitos previdenciários; o retorno do velho discurso do “eficientismo” no serviço público, com o foco na cobrança de metas quantitativas (leia-se financeiras) em detrimento da justiça fiscal; além do retorno da discussão do projeto de demissão sumária daqueles que tiverem um desempenho entendido como "insuficiente"; indubitavelmente, revelam uma conjuntura em que a temperatura da água está se elevando.

O problema é que à medida que foram sendo retirados os direitos, foram também sendo silenciadas as vozes que incomodavam ao poder vigente. Os que destoavam da maioria que acabou por se habituar e entender como normal a situação extrema em que nos encontramos foram cooptados ou, pior, estão cansados de gritar: - “O rei está nú!

Talvez por isso, mesmo nestas águas em ebulição, o silêncio atual seja tão ensurdecedor.

Por mais inútil e absurdo que possa parecer, eu ainda acredito que devamos reagir e resistir..... sempre.






Por uma revisão urgente no


Regimento Interno, já.


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