sexta-feira, 24 de junho de 2011

CARTA ABERTA AO RICARDO FRANÇA

"Meu caro Helder,




Mas o meu pensamento é o que manifestei-me lá no EA, como segue.
Saudações,
Ricardo França (PS: o que é URL?)
A nossa estrutura sindical foi armada, de há muito, para um grupo
(Unadoidos) permanecer e se eternizar no poder.
Ocorre que brigas internas resultou em cisão, fato que que permitiu que nas
duas últimas eleições quem era oposição passou a ser a situação, com o Pedro
Delarue comendo pelas beiradas.
Enquanto não for mudada a tal estrutura (infinidade de diretores, chapa com
um quantitativo absurdo de AFRFB) dificilmente haverá a possibilidade do
surgimento de uma Terceira Via
Temos bons nomes que poderiam fazer um excelente trabalho.
Preocupa-me, contudo, alguns posicionamentos como o verificado em Belém, PA,
onde se tem notícia de estar correndo um abaixo-assinado contrário a
impetração da ADI 4616.
Só espero que não esteja em curso um movimento para rachar ainda mais a
categoria, pois a percepção que tenho é que, em relação a tal ADI 4616, o
Sindtrem vai é insuflar os ânimos dos ATRFB para criar um clima de guerra no
ambiente de trabalho, pois, na minha opinião, como não têm nada a perder, o
Sindireceita quer mais é ver o Circo pegar fogo."


Caríssimo Ricardo França (se é que foi você mesmo quem escreveu o comentário acima),

Começarei respondendo seu comentário pelo Post Scriptum. A melhor definição para URL encontra-se na Wikipédia. Mas, acredito que sua pergunta origina-se da dificuldade em identificar-se ao escrever o comentário, pois, no caso do desejo de identificação de comentário neste Blogger (Ferramenta de fazer blogs), o Blogspot pergunta “qual a URL de origem?”. Parece que você, ao não saber que a pergunta referia-se, no caso, a seu provedor de mail (UOL, YAHOO, etc), acabou respondendo como “Anônimo”, mesmo assinando Ricardo França.

Acontece que qualquer pessoa pode subscrever Ricardo França, Iranilson Brasil, Chico Cuba, ou qualquer pseudônimo, e passar-se por quem não é, (daí, meu parêntese no subscrito). Existe uma outra forma de identificar-se facilmente neste Blog: colocar-se como seguidor dele e comentar após efetuar “login”. Aí poderemos ter certeza do remetente do comentário.

Mas, neste caso e de boa fé, considerarei que o comentário foi postado pelo honrado colega, excelente músico e conviva agradável que, pelo pouco conhecimento que tenho de si, é como o considero.

Ricardo, surpreendi-o como? Bem? Espero que sim. E logo explicarei porque. Antes, porém, quero que entenda o que é este blog, meu papel nele e a intenção desta e de outros posts meus e de demais colegas que aqui escrevem.

Em primeiro lugar, este é um “Espaço de discussão ética e democrática das questões que afligem a categoria dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil.",  como colocado logo abaixo do título. Portanto, pauta-se pela ética e, por democrático, significa pluralidade, no sentido de que a principal qualidade da democracia não é a imposição da vontade da maioria, mas o respeito às opiniões da minoria. Sei que talvez a maioria dos AFRFB seja ciosa demais de sua(dela, maioria) autoridade para sorrir de certas contradições que a mim afligem, como por exemplo a ostentação de símbolos de autoridade enquanto esta própria é diminuída constantemente, pelo gerencialismo, pela ênfase na função arrecadatória, pelo direcionalismo da fiscalização pela administração, etc. Meu papel neste Blog seria, mal comparando, à do cartunista em um grande jornal, Uma espécie de Grilo Falante, ou Bobo da Corte, se assim preferir. E mesmo o bobo da corte tem coisas sérias a dizer.

Ricardo, desculpe-me, não freqüento mais o EA, entretanto, sua opinião encaminhada a este blog foi publicada acima e o será sempre que a encaminhe, mesmo que eventualmente não concordemos com ela. Se quiser, poderá até publicar como matéria e não apenas comentário contanto que assinada.

Disse eu, em resposta a um outro comentário a esta matéria, não freqüentar o espaço por medo de ser abduzido por uma inteligência inferior. Ironias à parte, o Espaço do Auditor, que já foi esteio de profícuas discussões éticas e democráticas das questões que afligem nossa categoria, degenerou-se em um mural de insultos e palavrões grosseiros, vitrine de egos, terreno sujeito a flood(*), sem contar postagens que envergonhariam qualquer secundarista pelo escasso domínio da língua e até da lógica.

Mas, vamos à “crônica”, e agradeço chamar assim meu despretensioso post, que o surpreendeu e minhas razões para postá-la neste blog. Perceba que o título “Bullying” foi usado anteriormente em outra matéria, note também que personagens se repetem e a ambiência é a mesma. Pois bem, o que farei agora vai estragar a brincadeira, vou explicar a piada e isto vai decepcionar muita gente que viu intenções secretas, objetivos escusos e outras “cositas más”.

Comecemos pela Embaixada do Piauí, bar que freqüento na minha quadra e tem como proprietários os irmãos Alencar e Antônio, serve um delicioso “cassoulet” às quartas, não aos domingos, tem show ao vivo aos sábados com um par de músicos tocando violão e pandeiro. Nem o violonista nem a moça do pandeiro chamam-se Paco ou Paquita. Lembre que encontrei você em um destes sábados, justamente neste bar, feliz da vida por ter sido publicada sua aposentadoria na véspera. Miranda, o autor da “Mérida!” e o Coronel armado, são personagens reais, habitués da Embaixada. Semana passada, Alencar contou-me de um morador de rua que, sem causa aparente, a não ser a própria maluquice, dirigira o insulto “VAGABUNDA” a duas clientes que nada tinham feito com ele que, ainda por cima, já estava embriagado, às sete da manhã. Some-se a isso que o músico, semanas antes, teve um entrevero com um ambulante coreano que, desavisadamente, desligara a eletricidade do amplificador do microfone.

Um amigo meu, astronauta, contou-me, de passagem, que no espaço estava “rolando” uma briga por causa do flood(*) provocado por alguém que irritara a você, Ricardo França, e por conta disso o insulto “VAGABUNDA” fora escrito no EA. Não interessei-me em saber qual o motivo, se era a ADI, ou qualquer outro, nem mesmo a quem se dirigia o elogio, apenas misturei tudo. A única intenção e ligação com a discussão ética e democrática das questões que afligem a categoria era chamar a atenção para o desvirtuamento do EA, para as notas desafinadas que desarmonizaram para sempre aquele espaço. Meu intento com a mistura entre o personagem ficcional Paco e a atitude da pessoa Ricardo França foi positivo na medida em que ao fim da crônica, os “embaixadores” aprovaram a atitude do personagem como desabafo justo, o que inclusive ocorreu quando da querela real entre o músico e o ambulante e também é minha opinião para o caso quanto a seu protesto ao flood(*), independente do mérito do assunto em pauta.

Outros detalhes, são citações literárias, como o cadilac rabo de peixe, inspirado em uma crônica do Aldir Blanc escrita em O Pasquim na década de 70. Nunca foi minha intenção ofender a quem quer que fosse, apenas mostrar o ridículo de uma situação que me aflige, é real, impossível de ser abordada usando as mesmas armas do insulto e da grosseria que invadem e bombardeiam o espaço. Em tempo, a ilustração que usei é do ator Brendan Gleeson representando um indignado Winston Churchill com o também devastador bombardeio de Londres pelos nazistas no filme Into the Storm.

Por fim, Ricardo, se você desejar aprofundar democraticamente a discussão sobre a ADI 4616, ou qualquer outro assunto, sua redação possui a qualidade exigida por este blog e teremos o maior prazer em divulgá-la aqui, onde também, caso tenha a mesma qualidade será aceita a manifestação dos colegas do Pará, do Rio Grande, São Paulo, DF e outras 23 UFs, sobre este ou qualquer outro assunto que nos diga respeito. Da discussão nasce a luz.


Um amplexo,
Helder


P.S. como músico, atente para a métrica do "fado" cantado pelo personagem Paco, no início da "crônica", para entender melhor do que eu queria falar.
______________
(*) Flood, do inglês, inundação. Gíria usada na internet para a técnica de destruir fórum de discussões pela postagem repetida, sistemática e abusiva de "posts" sem muita conexão com a pauta do fórum

6 comentários:

  1. Tergiversador, mentiroso! Não hão embaixadas de estados em Brasilia, só de país. Bocê tá mentindo!

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  2. Rosinha?!?!?! De novo?!?!? Nâo HÂO???????. Esta foi como uma pedrada no meu ouvido _ BOING!!!!
    Atenção moderadores dos comentários do Bolg!!!! Certo que nossa política seja publicar TODOS os comentários enviados, certo que não devemos censurar nada, mas como que vocês, deixaram passar um palavrão cabeludo como esse ai em cima?????

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  3. O moderador tem fino faro. Tão fino que percebe odores lá embaixo. O moderador não deixa passar nada.

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  4. Falta algo sério para discussão?

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  5. Senhor Anônimo,
    Claro que falta!!!! Onde está sua opinião? Desculpe-me, Anônimo é anódino e não pode ter opinião.

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  6. Finalmente encontrei o Helder de novo! Estamos sentindo sua falta no EA. Um abraço! E vamos agitar essa campanha!

    Vanderly.

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