terça-feira, 26 de julho de 2011

O Crime compensa???

Zé das Couves era um vagabundo, um bandidinho chinelo. Zé sabia muito bem que não tinha futuro, mas não estava “nem aí”.

Certa feita, um bandidão da área ligou pra ele: “Seguinte: vou te levar uma ‘encomenda’ hoje à noite pra tu guardar por uns dias”.

Tarde da noite, o comparsa chegou com o carrão roubado. “Põe uma capa aí por cima, semana que vem venho pegar”. “Beleza”, disse o Zé, despreocupado como sempre. Só que dessa vez o esquema furou, e algumas horas depois a polícia acordava o Zé que não teve por onde escapar.

Ele foi preso em flagrante por receptação de carro roubado. “Roubar coisa dos outros é crime, meu rapaz”, foi o que ouviu do delegado.

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Robert era um grande empresário preocupado com a queda dos lucros de seu conglomerado: “Quero uma alternativa criativa e rápida para recuperar o que perdemos”.

Foi então, que o mais novo dos diretores tomou a palavra e ao fim de sua explanação, entre aplusos, concluiu: “esse projeto é o que de mais refinado existe em termos de planejamento tributário”.

Dois anos depois, o “refinado planejamento tributário” foi objeto de uma fiscalização da Receita Federal e revelou-se nada mais do que uma grosseira fraude.

Concluído o trâmite administrativo, os procuradores do Ministério Público, ingressaram com a ação penal. Ao final do julgamento de primeira instância, concluiu a sentença condenatória: “Sonegar tributos nada mais é que roubar de toda a sociedade”.

A situação já estava deixando o empresário nervoso, quando surgiu uma solução. “Se parcelar o auto de infração, em seguida trancaremos esse processo penal”, disse-lhe um famoso tributarista.

A partir de então Robert sabia muito bem o que fazer: “Senhores diretores, temos um planejamento tributário infalível para nossa empresa”. “E se tudo mais der errado”, continuou, “é só parcelar”. “O que importa é o lucro”, finalizou. E todos riram até correrem lágrimas dos olhos.


*Esse é um resumo DA HISTÓRIA DE ZÉ E DE ROBERT escrita por TIAGO SPENGLER

2 comentários:

  1. Tratamento diferente para o mesmo delito. A lei foi feita para poucos. É a vida.

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  2. Eu mesmo já receptei muuuita coisa alheia móvel. Mas usei luvas né, meu bem!!

    Foram 7 milhões, enooormes, nossa, fiz muita pipoca com mantega.

    Estou aberto(a) a novas propostas, é só mostrar o faz-me RIR.

    Neo Ther Savant

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