terça-feira, 9 de agosto de 2011

A CORRUPÇÃO EXACERBADA.





por Paulo Diniz  d`Avila
Com a divulgação pelos grandes meios de comunicação, do CASO DE OSASCO, onde Auditores estão envolvidos em grossa corrupção, se reforça na opinião pública o preconceito “FISCAL É CORRUPTO”. Este vendaval nos atinge... frontalmente, seja quando estamos fiscalizando uma empresa ou mesmo no ambiente de nossas relações sociais. Mesmo assim, continuamos de braços cruzados!  
                

A corrupção por sua própria lógica necessita se expandir e para isto precisa controlar mecanismos do Estado para viabilizá-la e para se auto proteger. Em níveis mais avançados, como o ora noticiado, não se limita a intimidar os denunciantes em potencial, mas tendo sido detectado e denunciado o esquema, não só ameaça o denunciante, mas o assassina, como são  os indícios da morte do nosso colega Jorge Luiz que na função de Delegado Adjunto, detectou o esquema e o denunciou para a corregedoria.  Para exercer seu poder naquela parte do Estado onde atua, articula-se com outros órgãos do Estado, como bem demonstra o CASO DE OSASCO, quando o colega Jorge Luiz seria enterrado como indigente – certamente para dificultar outras investigações – mesmo estando em  poder de sua documentação com a carteira funcional da RFB.

Não podemos conviver com a “banda podre”, com a racionalização de que faz parte das mazelas de uma instituição do porte da RFB. Esta “banda podre” se consolida e se expande com a postura ambígua dos dirigentes da RFB e de nossas entidades. Quanto ao Sindifisco, por não ter uma postura de combate frontal à corrupção, ao mesmo tempo em que desenvolve uma campanha confusa em relação a atuação das Corregedorias, sem contar a infeliz proposta da “bolsa malfeitor”, acaba por levar água ao moinho da “banda podre”.


Não podemos exigir de cada colega, enquanto simples auditor ou ocupando funções de direção em uma Delegacia da RFB ou Delegacia Sindical, que tome posições individuais no combate à corrupção, mas devemos propor e assumir ações coletivas no sentido de reverter este estado de coisas, ao mesmo tempo em que  pressionamos a direção de nossa entidade e a direção da RFB para que 
assumam efetivamente tal combate.

O CASO DE OSASCO deve servir para rompermos com a passividade. Não podemos ficar aguardando o desenrolar dos acontecimentos. Devemos desencadear uma campanha nacional articulando o maior número de Delegacias, criando uma comissão de acompanhamento do caso e pressionando TODAS as autoridades competentes no sentido de desmantelar estas máfias e punir todos os responsáveis, bem como propor a criação imediata de um programa de proteção física e psicológica à todos os colegas que se dispuserem a denunciar atos graves de corrupção em nossa casa.
                
AUDITOR CORRUPTO NÃO É COLEGA, É INIMIGO DA CATEGORIA!

Veja mais : Nota de 11 Delegacias Sindicais Cobrando apuração da morte do colega 

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