segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A maioria silenciosa


 por João Francisco Neto

Durante a campanha eleitoral americana de 1968 para a Presidência da República, o então candidato republicano Richard Nixon publicou que tinha um plano secreto para acabar com a Guerra do Vietnam. [...]
Depois de eleito, não só não acabou com a guerra, como demonstrou a clara intenção de levá-la adiante, afirmando que os Estados Unidos queriam, sim, conquistar a paz, mas que fosse com honra, evitando uma súbita retirada das tropas, que mais pareceria uma fuga.
Em 1969, já eleito, para obter o apoio da opinião pública e enfrentar as crescentes manifestações de rua contra a Guerra do Vietnam, Nixon convocou a imprensa e proferiu um vigoroso discurso, em que apelava pelo apoio da “maioria silenciosa”. Para ele, a maioria silenciosa seria composta pelo grande número de cidadãos americanos que não saíam às ruas para protestar, e que, ao contrário, seriam favoráveis à continuação do conflito. [...]
Essa história da maioria silenciosa retornou recentemente ao noticiário em virtude de um movimento político conservador criado nos Estados Unidos (Tea Party), que se opõe ao Presidente Barack Obama, sob a alegação de que Obama não teria o apoio justamente dessa maioria de cidadãos comuns. [...]
Há quem considere que a atividade política em geral também se enquadre no conceito de maioria silenciosa, pois, embora o regime democrático seja representativo, não é difícil encontrar quem não se sinta representado pelos políticos que estão no governo ou na militância. Nesse caso, ocorreria, então, o fenômeno da maioria que, embora permaneça em silêncio, não concorda com as práticas de grande parte dos políticos.
E a maioria silenciosa que a tudo assiste, perplexa e indignada com os frequentes e sucessivos escândalos, notícias de desvios e de má gestão de recursos públicos, de despudor com a coisa pública, e de total falta de ética e respeito com o povo, ou seja,  tudo aquilo que é contrário aos propósitos e sentimentos do cidadão comum (a maioria), que, por sua vez, apenas almeja trabalhar, criar seus filhos e viver com dignidade num país tranqüilo.

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Um comentário:

  1. Eu espero que a maioria silenciosa da nossa categoria almeje um sindicato que tenha condições de retomar o protagonismo das grandes discussões nacionais. Uma categoria forte merece um sindicato forte!!! Marcelo Maciel

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