por WALTER MIRANDA
Tem algo esquisito nessa conjuntura política e econômica brasileira. Quando o governo diz que o Brasil está em crise, o dinheiro do país é tirado do trabalhador para salvar banqueiros e empresários. Quando o governo diz que o país está crescendo, o dinheiro continua indo para os banqueiros e empresários. Para entender esta lógica capitalista, basta ver o novo projeto de incentivos denominado Brasil Maior retirando dinheiro da Previdência a favor de empresários.Logo no início o governo Dilma já anunciou cortes no orçamento público de R$ 50 bilhões, prejudicando o fornecimento de serviços públicos de qualidade. De janeiro a junho de 2011 o Govêrno Dilma transferiu para banqueiros, empreiteiros e empresários recursos no montante de R$ 364 bilhões, retirando da saúde, educação e transporte. Aos trabalhadores restam somente as sobras e os ataques. As empresas aumentam o ritmo de trabalho, impondo jornadas estafantes. Autoridades dizem que é preciso segurar os aumentos dos salários por causa da inflação.
Segundo o IBGE, em 14 anos o Brasil dobrou o PIB-Produto Interno Bruto per capita e alcançou patamar histórico de US$ 10.237. Foi a primeira vez na história que isso aconteceu, correspondendo a um salário mensal de cerca de RS 1,4 mil por mês. O PIB-Produto Interno Bruto “per capita” - resultado da divisão entre as riquezas produzidas por um país pelo número de pessoas - chegou a R$ 19.016,00 em 2010.
No entanto, o estranho é que a renda da maioria dos trabalhadores está bem distante desta realidade. A auxiliar de limpeza Francisca Aragão, 20 anos, nunca sonhou com um salário anual de US$ 10 mil. Funcionária de um condomínio em Araraquara, ela divide o salário de R$ 598 que ganha por mês para ajudar a sustentar a casa aonde mora com o pai, uma irmã e sua filha de 2 anos, diz com a voz embargada.
O ex-ministro da Fazenda, mentor da política econômica brasileira durante os governos militares Costa e Silva, Médici e Figueiredo, Delfim Netto, ficou famoso por comparar o crescimento econômico a um bolo. Era o milagre brasileiro caracterizado pelo congelamento dos salários e elevação das tarifas públicas, quando o PIB crescia em média 10% ao ano. Criticado pela concentração da riqueza durante esse período. Ele disse que seria importante deixar o bolo crescer para depois dividir. Na época se concedia incentivos às exportações e ao investimento estrangeiro no país. Essa política continua, agravada pela maior taxa de juros do mundo para alegria dos especuladores financeiros.
Para onde e para quem está indo o dinheiro do Brasil? Com certeza não está indo para os trabalhadores que, a exemplo da Francisca, na sua maioria tem salário baixo. E o incrível é que querem se igualar à China, aonde os trabalhadores são super explorados por empresas americanas e japonesas, e aonde o salário mínimo mensal é de US$ 150 ou R$ 225, com jornada de trabalho escrava e sem direitos trabalhistas e previdenciários. Respondendo a pergunta formulada, título deste artigo, fica claro que a maior fatia do bolo do crescimento do PIB no Brasil continua sendo saboreada pelos banqueiros e empresários. Um dia isso vai explodir...
Segundo o IBGE, em 14 anos o Brasil dobrou o PIB-Produto Interno Bruto per capita e alcançou patamar histórico de US$ 10.237. Foi a primeira vez na história que isso aconteceu, correspondendo a um salário mensal de cerca de RS 1,4 mil por mês. O PIB-Produto Interno Bruto “per capita” - resultado da divisão entre as riquezas produzidas por um país pelo número de pessoas - chegou a R$ 19.016,00 em 2010.
No entanto, o estranho é que a renda da maioria dos trabalhadores está bem distante desta realidade. A auxiliar de limpeza Francisca Aragão, 20 anos, nunca sonhou com um salário anual de US$ 10 mil. Funcionária de um condomínio em Araraquara, ela divide o salário de R$ 598 que ganha por mês para ajudar a sustentar a casa aonde mora com o pai, uma irmã e sua filha de 2 anos, diz com a voz embargada.
O ex-ministro da Fazenda, mentor da política econômica brasileira durante os governos militares Costa e Silva, Médici e Figueiredo, Delfim Netto, ficou famoso por comparar o crescimento econômico a um bolo. Era o milagre brasileiro caracterizado pelo congelamento dos salários e elevação das tarifas públicas, quando o PIB crescia em média 10% ao ano. Criticado pela concentração da riqueza durante esse período. Ele disse que seria importante deixar o bolo crescer para depois dividir. Na época se concedia incentivos às exportações e ao investimento estrangeiro no país. Essa política continua, agravada pela maior taxa de juros do mundo para alegria dos especuladores financeiros.
Para onde e para quem está indo o dinheiro do Brasil? Com certeza não está indo para os trabalhadores que, a exemplo da Francisca, na sua maioria tem salário baixo. E o incrível é que querem se igualar à China, aonde os trabalhadores são super explorados por empresas americanas e japonesas, e aonde o salário mínimo mensal é de US$ 150 ou R$ 225, com jornada de trabalho escrava e sem direitos trabalhistas e previdenciários. Respondendo a pergunta formulada, título deste artigo, fica claro que a maior fatia do bolo do crescimento do PIB no Brasil continua sendo saboreada pelos banqueiros e empresários. Um dia isso vai explodir...
É resultado da velha máxima dos Ministros da Economia. Devemos esperar o bolo crescer para depois reparti-lo. Não há dúvida que os maiores privilegiados são os empresários. Também acho que o bolsa família não é suficiente, mas é um grande passo para a distribuição dessa renda.
ResponderExcluir